domingo, 30 de maio de 2010

DIABETES E HIPERTENSÃO GESTACIONAL


DIABETES GESTACIONAL

Durante a gravidez a futura mãe começa a apresentar elevadas taxas de glicose (açúcar) no sangue. Uma vez tenha aparecido, o diabetes gestacional dura até o final da gravidez. Ele afeta até 14% de todas as mulheres grávidas em todo o mundo. Podendo persistir ou desaparecer depois o parto.
O Diabetes acontece durante a gravidez porque certos hormônios produzidos durante a gravidez (por exemplo o GH - hormônio do crescimento) fazem com que o corpo fique resistente aos efeitos da insulina. Estes hormônios são essenciais a uma gravidez saudável e ao feto, mas eles podem bloquear parcialmente a ação de insulina. Na maioria das mulheres, o pâncreas reage a esta situação produzindo insulina adicional o bastante para superar a resistência à insulina. Em mulheres com Diabetes Gestacional, a insulina extra não é produzida o suficiente e o açúcar não pode ser processado corretamente pelo corpo. Dessa forma a glicose se acumula na circulação sangüínea.

À medida que o feto cresce, maiores quantidades dos hormônios que interferem com a insulina são produzidas. No parto, os hormônios do corpo rapidamente voltam aos níveis pré-gravidez. Tipicamente, o pâncreas está apto a produzir insulina o suficiente, novamente, e os níveis de glicose no sangue as vezes retornam ao normal.


Sintomas
Urinar muito (poliúria);
Ter sede exagerada (polidipsia);
Comer muito (polifagia);
Alteração exagerada de peso (perda ou ganho);
Cansaço;
Fraqueza;
Desânimo;
Visão turva;
Náuseas ou vômitos;

Fatores de Risco
Idade acima de 25 anos;
Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual;

Deposição de gordura no tronco;

História familiar de Diabetes em parente de 1° grau;

Baixa estatura (1,50m);

Crescimento fetal excessivo, hipertensão;

Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, de macrossomia (peso excessivo do bebê) ou diabetes gestacional.

Presença de glicose na urina.


Diagnóstico
O controle do tratamento para o diabetes gestacional é feito através da monitoração dos índices da glicose sanguínea (glicemia).
Laboratorial

Glicosímetro

Toda gestante deve receber um teste de screening para diabetes
gestacional. O método mais empregado é a dosagem de glicemia plasmática na
primeira consulta pré-natal e um teste de sobrecarga de glicose por volta do 6° mês, chamado Teste de O Sullivan (GPD).

Ele representa a medida da glicemia após a ingestão de uma solução
líquida com grande quantidade calórica (dextrosol). Gestantes com resultado normal em ambos os testes apresentam baixíssima possibilidade de desenvolver diabetes gestacional.


Prevenção

Normalmente o Diabetes Gestacional não pode ser prevenido. Porém, mulheres que estão acima do peso durante a gravidez têm um risco mais alto da doença, e o controle cuidadoso do peso antes da gravidez pode reduzir esse risco. Não são recomendadas dietas com muito baixa caloria durante a gravidez porque a nutrição adequada é importante para o feto.

Complicações do Diabetes Gestacional podem ser prevenidas controlando cuidadosamente o açúcar no sangue e ser freqüentemente vista pelo obstetra ao longo de sua gravidez nas consultas pré-natais.

Depois da gravidez, você pode reduzir o risco de desenvolver o diabetes tipo 2. Exercícios regulares e uma dieta de baixas calorias têm se mostrado eficazes para reduzir o risco de diabetes em pessoas que têm risco alto para o diabetes. O medicamento Metformin (Glicofage) pode ajudar a prevenir o diabetes em mulheres que elevaram um pouco os níveis de glicose no sangue fora da gravidez, mas que não têm níveis altos o bastante para serem rotuladas de diabéticas.


Tratamento

Algumas mulheres grávidas podem persistir com a glicose no sangue em níveis saudáveis somente com dieta. Isto requer consulta a um nutricionista para montar um plano de dieta e o monitoramento dos níveis de glicose no sangue.

Se a dieta não controlar adequadamente a glicose no sangue, o médico irá prescrever insulina. Comprimidos para abaixar o açúcar no sangue não são aprovados para uso em mulheres grávidas por causa dos possíveis efeitos adversos ao feto, embora um medicamento oral seja usado em alguns países. A Insulina é usada durante a gravidez para tratar muitas mulheres com Diabetes Tipo 1 (dependente de insulina) e o Diabetes Gestacional e parece não oferecer nenhum risco ao feto quando os níveis de açúcar no sangue são monitorados de perto.


HIPERTENSÃO GESTACIONAL (Pré-eclâmpsia)

Sempre que houver pressão alta com níveis de 140/90 mmHg. A hipertensão induzida pela gestação refere-se ao aparecimento da hipertensão em conseqüência a gestação, ocorrendo após a 20 semanas de gestação e desaparecendo até a 6 semanas após o parto.
Quando a hipertensão na gravidez estiver associada a perda de proteínas pela urina (proteinúria), teremos um quadro chamado de PRÉ-ECLÂMPSIA.

O conceito de PRÉ-ECLÂMPSIA é o aparecimento de hipertensão arterial acompanhada de proteinúria em gestação acima de 20 semanas, podendo haver ou não edema nas pernas, rostos e mãos.


Classificação da hipertensão arterial na gestação

Pré-eclâmpsia leve - PA <160x110mmhg>Pré-eclâmpsia grave - perante uma ou mais das seguintes situações: PAS >160mmHg ou PAD >110mmHg; distúrbios de comportamento; distúrbios neurológicos (hiper-reflexia) ou visuais (cefaléia, escotomas); dor epigástrica ou no quadrante superior direito do abdome; edema agudo dos pulmões ou outras formas de descompensação cardíaca; edema facial e/ou de mãos ou anasarca; proteinúria >2g/24h somente na gravidez e que regride após o parto; creatinina >1,2mg/dL (quando os níveis prévios forem menores); trombocitopenia <100.000/mm3;>Sintomas

Proteinúria;

Edema;


Fatores de risco
Genéticos;
Obesidade;
Gemelaridade (gêmeos);
Diabetes Mellitus;;
Aumento do tamanho da placenta;
Raça negra;
Gestação múltipla

Diagnóstico
O diagnostico é clínico e laboratorial: medida da pressão arterial, pesquisa de edema e dosagem de proteínas na urina.

Tratamento
Não existem tratamentos específicos para a doença. Mas pode-se tratar a pressão alta e tomar outras medidas que podem reduzir os riscos.
Pacientes com pré-eclampsia devem ter um pré-natal de alta qualidade. É necessário repouso e monitoramento constante.

Recomendações no pré-natal, parto e puerpério
Pré-eclâmpsia leve: Rigorosa vigilância pré-natal; repouso em decúbito lateral esquerdo; Restrição moderada de sal; aumento da ingestão hídrica; avaliação laboratorial, quinzenal ou mensal de: uréia, creatinina, ácido úrico, bilirrubinas; contagem de plaquetas, enzimas hepáticas (TGO, TGP, DHL); hemograma completo, albumina sérica, proteinúria de 24h, urina tipo I e urocultura; avaliação da vitalidade e o perfil biofísico fetal através da cardiotocografia; ultra-sonografia e dopplerfluxometria da circulação útero-feto-placentária em intervalos variáveis, na dependência da evolução clínica; fundo de olho e ECG no momento do diagnóstico, repetindo-se na dependência do agravamento do quadro materno; medicação anti-hipertensiva deverá ser instituída se os níveis pressóricos estiverem >160x100mmHg; aguardar o parto espontâneo até 40 semanas.

Pré-eclâmpsia grave: constatados os sinais clínico-laboratoriais maternos de gravidade já descritos, segue-se o protocolo com a paciente internada, tomando-se as mesmas condutas que na pré-eclâmpsia leve, com maior rigor e menor intervalo. Indica-se a interrupção da gestação quando há maturidade ou sofrimento fetal.

Um comentário:

  1. Olá blogueiro!

    O número de pessoas com hipertensão no Brasil aumentou de 21,5%, em 2006, para 24,4%, em 2009. A hipertensão é uma doença silenciosa e ataca todas as faixas etárias. Por isso, junte-se à campanha de combate e controle da hipertensão do Ministério da Saúde. Você pode ajudar na conscientização da população por meio do material de campanha que disponibilizamos para download. Caso se interesse, entre em contato com fernanda.scavacini@saude.gov.br
    Obrigado!

    Ministério da Saúde

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