terça-feira, 25 de maio de 2010


A ALIMENTAÇÃO PARA AS GESTANTES.




COMENDO POR DOIS:

Quando a grávida, a mulher precisa comer para ela e para o bebê:

Uma boa nutrição é vital, tanto para a gravidez normal quanto na de alto risco, como é caso das que esperam gêmeos ou têm diabetes gestacional.
Grávida necessita de mais calorias e nutrientes, porque precisa assegurar o bom desenvolvimento do feto. Para alcançar esse objetivo durante o segundo e terceiro trimestre da gravidez elas devem ingerir 200 calorias extras por dia, o que significa um aumento de 10% na ingestão calórica. Nos três primeiros meses, não é necessário alterar nada na alimentação diária.

Caso esta necessidade extras não sejam supridas pela dieta ou por suplementos pré-natais, o aumento de demanda por nutrientes expõe, grávidas e seus bebês ao risco de desenvolverem deficiências nutricionais.

Nutrientes Essenciais:

A suplementação de ácido fólico (também chamado de folato) nos três meses que antecedem a concepção e nos três primeiros meses de gravidez reduz em 20% os riscos de má formação no tubo neural. Ele ainda atua em conjunto com a vitamina B12 na formação das células vermelhas do sangue. Outros nutrientes essenciais necessários durante a gravidez são o ferro, que é usado na fabricação dos glóbulos vermelhos do sangue do bebê e da mãe, (o volume do sangue aumenta em 50% nesse período); e o cálcio, essencial para a formação dos ossos do bebê.

Glossário

Má formação no tubo neural: anomalias no cérebro do feto, na medula espinhal e nas respectivas membranas protetoras. A mais conhecida delas e chamada espinha bífida, que é fechamento incompleto do canal vertebral. A má formação pode ser leve (meningoceles-abertura da medula espinhal que pode ser cirurgicamente corrigida) ou grave (anencefalia, ausência total ou parcial do encéfalo e da calota craniana.


Ganho de peso:


Se a mulher não engorda o suficiente durante a gravidez, ela corre o risco de o bebê nascer prematuro ou com baixo peso. Por outro lado o ganho excessivo de peso da mãe pode aumentar o risco de problemas com dores nas costas, varizes, pré-eclampsia e maior dificuldade para emagrecer depois do parto.

* Se o peso for normal antes da gravidez, o ganho ideal pode variar de 11 a 16 quilos durante a gravidez.
*
Se o peso estiver abaixo do normal no inicio da gestação, o ganho exige um pouco mais 12,5 a 18 quilos.

* Se houve sobrepeso no inicio da gestação, o ganho deve ser moderado: 7 a 11, quilos.


Problemas de saúde:

As mulheres no corpo durante a gravidez podem resultar em problemas temporários de saúde. Estes incluem: diabetes gestacional, constipação, azia e má digestão, náuseas e vômitos.

No diabetes gestacional, as células têm dificuldades em absorver a glicose do sangue devido a resistência ao hormônio insulina.

Como os músculos intestinais encontra-se mais relaxados durante a gravidez, é possível o surgimento da constipações decorrentes da lentidão com que os alimentos percorrem o organismo e do aumento da quantidade de água absorvida pelo intestino.

Azia e má digestão ocorrem quando o conteúdo estomacal sobe para o esôfago, causando desconforto no peito. Durante a gravidez, isso geralmente ocorre devido ao movimento dos órgãos do abdome para acomodar o bebê em crescimento.

Náuseas e vômitos (enjôo matinal) acontecem em decorrência do aumento dos níveis do hormônio da gravidez, a gonadotrofina coriônica.

Humana, cujos picos se verificam nas primeiras doses semanas.


NECESSIDADES EXTRAS DURANTE A GRÁVIDEZ:

Comer para dois não significa comer duas vezes mais. Durante a gravidez, a taxa metabólica da mãe é reduzida e o organismo torna-se mais eficiente em termos energéticos, o que explica o porquê das necessidades calóricas das grávidas não aumentaram drasticamente. Apenas e demanda por vitaminas e minerais é que cresce um pouco.

A gestante precisa ingerir gorduras em neveis suficientes. Dois ácidos graxox-docosahexanóico e oraquidônico - são essenciais para o desenvolvimento do cérebro e da visão da criança em gestação. As melhores fontes destes ácidos graxos são os óleos de peixe. O aumento da ingestão de água e fibras previnem problemas como a constipação.

A necessidade extra de nutrientes pode ser suprida pela dieta (abaixo) ou pela suplementação. A tabela (abaixo) relacionadas as recomendações diárias dos nutrientes essenciaais para mulheres grávidas e não-grávidas com idades entre 19 e 45 anos.
ALIMENTOS

RECOMENDADOS

DURANTE A GESTAÇÃO

Os melhores alimentos para consumir durante a gravidez são os que fornecem energia, vitaminas, minerais e proteína magra essencial.

PROTEINAS: Consumir duas a três porções diárias de alimentos ricos em proteínas, como carne vermellha magra, peito de aves, peixe (cozido), ovos e feijões.

CÁLCIO: A ingestão adequada de cálcio durante a gravidez é muito importante para prevenir a osteoporose ao envelhecer. Consumir três porções de alimentos ricos em cálcio (leite e seus derivados) diariamente, pelo menos.

ÁCIDO FÓLICO: No início da gestação é necessário aumentar a ingestão de ácido fólico para previnir a má formação no tubo neural. Ele é encontrado nos vegetais verdes frescos, fígado, feijão, laranja, e aves. Um bom café de manhã é impotante, assim como adicionar feijão e lentilha à dieta e comer pelo menos cinco porção de frutas e legunes por dia.

FERRO: Necessário para a produção dos glóbulos vermelhos, tanto do sangue da mãe quanto do bebê em formação. Alimentos ricos em ferro incluem: carne vermelha, leguminosas secas, uva-passa, espinafre, feijões, frutas secas e vegetais verdes. A vitamina C ajuda na absorção do ferro proveniente de fontes vegetais.

FIBRAS: O aumento da ingestão de alimentos ricos em fibras, como legumes e cereais integrais é recomendado para a prevenção da constipação (prisão de ventre).

LÍQUIDOS: Beber pelo menos dois litros de água por dia para fornecer fluídos para a produção de sangue e facilitar a digestão.





PROBLEMAS MENORES DURANTE A GRAVIDEZ


Problemas comuns durante a gravidez incluem náuseas e vômitos, principalmente nos três primeiros meses; azia e má digestão; e prisão de ventre. As sugestões abaixo podem se mostrar últeis para abrandar este sintomas.


Azia e Má Digestão:

Seguir algumas dessas seguintes dicas no caso de azia e indigestão durante a gravidez:
· Comer pequenos lanches e refeições com baixo teor de gordura, com frutas, biscoito água e sal e iorgur light. Comer devagar e frequentemente.
· Beber líquidos entre as refeições.
· Evitar alimentos que podem irritar o estômago, como afeína, hortelã, menta, frutas cítricas, comidas apimentadas ou gordurosas o alimentos que contém tomates.
· Dar uma caminhada depois das refeições.
· Procurar não comer nem beber uma ou duas horas antes de se deitar.
· Alivia a azia, comer devagar um pedaço de melancia ou um iogurte light atenua a azia. O iorgute é uma boa fonte de cálcio.


ENJOO DE GRAVIDEZ:


As náuseas conhecidas como enjôos de gravidez, comuns no início dessa frase, são uma das queixas mais frenquentes. O problemas costuma incomodar por todo o dia e à noite, mas, em geral, desaparece entre a 14ª e a 16ª semanas de gravidez. Apesar de incômodo, não oferece perigo. Mundanças alimentares e técnicas como o shiatsu podem aliviar o enjôo, e a gestante não deve tomar remédios sem consultar o ginecologista.

Como Surge:

Não se sabe o que desencadeia o enjôo de gravidez. Algumas mulheres não têm enjôo nenhum; mas outras, sim, pelo menos em algum período do dia, quando não, na maior parte dele. Aparentemente, a rápida elevação dos níveis dos hormônios gonadotróficos (produzidos pela placenta), no início da gravidez, é pelo menos em parte responsável pelo problema – que não deve constituir empecilho para que a mulher continue a se alimentar bem e ganhar peso. Ejoos de gravidez não são perigosos nem para ela nem pelo feto, a não ser que os vômitos sejam intensos a ponto de impedir que o organismo retenha alimentos oi líquidos no estômago. Esse quadro leva o nome de hiperemese gravídica, capaz de produzir desidratação, desequilíbrioos químicos e perda de peso, o que não raro, exige internação hospitalar para reposição de líquidos (via intravenosa), além de antihistamínicos ou antieméticos.


Enjôo Matinal:

Algumas sugestões para aliviar o desconfortos matinais:
· De manhã, antes de qualquer outro alimento, comer biscoito de água e sal ou torrada.
· Evitar odores fortes de alimentos comendo-os frios ou em temperatura ambientes. Usar boa ventilação quando cozinhar.
· Poupar-se de odores que desencadeiam náuseas, como perfumes, produtos de limpeza ou desodourantes de ambientes.
· Beber uma chicara de chá de gengibre. Uma colher de chá de gengibre ralado em água fervente; deixar em infusão por alguns minutos; usar mel ou açúcar mascavo para adoçar.
· Fazer refeições pequenas, freqüentes e ricas em proteínas.
· Ter sempre à mão biscoitos e crackers.
· Tomar chá de camomila.
· Beber muita água
· Pressionar o ponto de acupuntura PC6 (shiatsu).


COMO ENFRENTAR O DIABETES GESTACIONAL:


Durante a gestação, a doença aumenta os níveis de glicose no sangue. Ela acomete 4% das mulheres grávidas. E costuma ser diagnosticada a partir do segundo ou terceiro mês de gravidez, quando o organismo é passível de tornar-se resistente à insulina, hormônio que permite às células extrair glicose do sangue. A resistência ocorre porque os hormônios produzidos pela placenta apresentam um efeito anti-insulínico. Os sintomas, que freqüentemente não existe, podem incluir: sede excessiva, urina abundante e fadiga. Os níveis de glicose retornam ao normal depois do parto em 90% dos casos, porém essas mulheres permanecem em risco aumentando de desenvolver o diabetes em fases posteriores da vida.


Metas Nutricionais

O Tratamento nutricional do diabetes gestacional visa fornecer calorias suficientes para o ganho apropriado de peso durante a gravidez e assim manter normais os níveis de glicose no sangue e impedir a produção de cetonas.


Cetonas

Como na diabetes o organismo não consegue usar a glicose como fonte de energia, ele desintegra as gorduras para esse fim. Tal mecanismo produz resíduo chamado cetonas, cujo aumento no corpo provoca náuseas, dores abdominais e hálito com odor de fruta.

A mulher que recebe diagnóstico de diabetes gestacional precisa de ter seus níveis de glicose monitorados pelo médico. Esse controle se faz pelo teste da ponta de dedo e exames de urina para averiguar a quantidade de cetona. É aconselhável uma consulta com um nutricionista que prescreverá uma dieta ajustada aos níveis de glicose.

Em geral os carboidratos devem compor 40% a 50% da dieta diária. Um pequeno lanche no final tarde é recomendado para evitar que sinta muita fome à noite ou a pessoa sinta necessidade de comer muito pela manhã. Os carboidratos não devem ser comidos em excesso no café da manhã, pois eles entram em conflito com alguns hormônios da gravidez que estão em maior quantidade nesse momento do dia. O ideal é limitar o consumo de carboidratos pela manhã.


Injeção de Insulina

Níveis constantemente alto de açúcar no sangue costuma ser corrigidos com injeções de insulina. Se estas fizerem parte de um amplo e cuidadoso acompanhamento pré-natal, a mulher com diabetes gestacional poderá ter uma gravidez perfeitamente saudável. A principal meta dessa terapia medicamentosa é previnir, para a mãe e o filho, complicações advindas da doença. Quando os níveis de açúcar no sangue não são tratados, o bebê pode ganhar peso demais e ter de nascer de parto cesáreo.

Gláucia Marchini 5º P. Enfermagem
UNIS


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